Mestres, Recusem-se a Ser Meros Contadores de Histórias
Dentro da maneira de jogar OSR, a narrativa emergente é altamente valorizada. Esta postura desafia os mestres de jogo a não serem meros contadores de histórias, mas sim facilitadores de um mundo onde a história se desenvolve a partir das ações dos jogadores. Mas por que abraçar a narrativa emergente? Por que recusar o papel do contador de histórias?
Agência do jogador
Em um sistema com narrativa emergente, a agência dos jogadores está em primeiro plano. Os personagens dos jogadores não são meros expectadores de uma história já escrita, mas os autores principais. Eles têm a liberdade para tomar decisões que podem mudar o curso do mundo de jogo de maneira significativa e imprevisível. Esse senso de autonomia pode tornar a experiência de jogo muito mais gratificante.
Histórias únicas e imprevisíveis
A narrativa emergente dá lugar a histórias únicas. Como as ações dos jogadores moldam a narrativa, duas sessões de jogo nunca serão iguais, mesmo que sejam jogadas no mesmo mundo. Além disso, essa abordagem permite que histórias se desenvolvam de formas inesperadas, levando a surpresas tanto para os jogadores quanto para o mestre.
Autenticidade
A narrativa emergente traz autenticidade à experiência de jogo. As ações e consequências se mostram autênticas, verossímeis e significativas porque são diretamente influenciadas pelas escolhas dos jogadores. Nada é pré-determinado ou garantido, o que pode trazer um senso de tensão e excitação para a mesa.
Flexibilidade
A narrativa emergente oferece flexibilidade. Em um jogo que não é rigidamente definido, os mestres podem adaptar-se e improvisar com base nas ações dos jogadores. Isso permite que os mestres se ajustem às preferências e interesses do grupo, o que pode tornar o jogo mais divertido para todos.
A OSR nos lembra que o RPG, em sua essência, é sobre a liberdade para explorar e interagir com um mundo fantástico. Os mestres, então, devem recusar o papel de contadores de histórias e, em vez disso, tornar-se facilitadores, proponentes de desafios de mundos nos quais as histórias podem emergir organicamente. Ao fazê-lo, eles podem proporcionar uma experiência de jogo que é imprevisível, gratificante e autenticamente atraente.
Por isso, mestres de jogo, deixem de lado o fardo que os RPG's mais modernosos impõem e abracem o desconhecido. Convidem seus jogadores a explorar, a arriscar, a moldar o mundo. E acima de tudo, estejam prontos para serem surpreendidos junto com os jogadores. A narrativa emergente é uma jornada sem roteiro predefinido, e é isso que a torna tão emocionante.
Muito bom. Aborda bem questão do mestre ilusionista e entretainer. Já me peguei refletindo que somente uma pessoa estava de fato jogando a história, eu, o mestre. Estava guiando as ações dos jogadores...quase que escrevendo um livro.
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